ELES ABANDONARAM TUDO... | PR. RICARDO CASTRO



E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.


Mateus 4:19,20


Cada um de nós tem um projeto de vida. E para conseguirmos concretizá-lo, nos esforçamos, fazemos sacrifícios e mudamos muitas coisas na nossa rotina. Tudo para que nosso sonho se realize e no final possamos olhar para traz e dizer: Valeu a pena!
Consideramos como pessoas brilhantes, vencedoras e aguerridas aquelas que vivem suas vidas focadas em metas e projetos. E por isso, as tomamos como exemplo.
Entretanto, devido as intempéries da vida, tudo pode se perder. E, pior ainda, no fim das contas, tudo o que fizermos aqui não terá valor eterno. Não levaremos nada para o túmulo.
Porém, seguir a Cristo é o projeto mais fascinante a que alguém poderia se dedicar. Isso por que é um projeto não apenas para o presente, mas também para o que está por vir.
Todavia, devemos meditar no que está envolvido neste projeto.
Jesus não deixou dúvida quando disse que Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:26). Portanto, seguir a Cristo é a prioridade sobre todos os outros projetos e envolve tudo, corpo, alma e mente.
Mas, o que temos visto hoje?
Todos se dizem seguidores de Cristo, mas na prática suas atitudes dizem: “Sigo, até o ponto que os interesses do Senhor não se choquem com os meus”. “Sigo, como, onde, quando e pelo motivo que mais me convier”.
No texto que lemos acima, vemos que o Senhor Jesus fez um convite aos primeiros discípulos. Ele disse: Sigam-me!
O interessante é que sendo o Deus Todo-Poderoso, Jesus não os chamou porque precisava deles. Mas, pelo contrário, era porque eles precisavam de Jesus.
Jesus não os chamou porque precisava de um exército, já que Ele revela que quando quisesse haveria pelo menos doze legiões de Anjos ao seu serviço (Mateus 26:53).
Jesus também não os chamou porque eles eram pessoas excepcionais, boníssimas, sem defeito. Pelo contrário, nas páginas do Novo Testamento podemos ver um grupo de homens tão pecadores e falhos quanto nós.
Também não o fez porque aqueles homens estavam ociosos, sem ter o que fazer. Mas, pelo contrário, eles eram muito ocupados, já que a pesca era um trabalho duríssimo e que exigia um compromisso total.
É interessante também notar que no chamado do Senhor não houve “porquês”. O Mestre não dá explicações do porquê lhes estava chamando, apenas os chamou.
Sobretudo, diferente do Evangelho híbrido que está sendo pregado hoje, Jesus não fez promessas quando os chamou. Aliás, fez apenas uma promessa e das mais estranhas para aquele contexto: “Sereis pescadores de homens”.
Portanto, no convite do Senhor não houve apelos melodramáticos e nem explicações rebuscadas que pudessem convencer pelos argumentos. Não houve muito menos promessas “tentadoras”, que convencessem os discípulos a abandonarem um lucrativo negócio por outro muito mais rentável. Ele simplesmente disse: “Sigam-me!”.
Por outro lado, todo convite deve ter uma resposta. Qual foi a resposta daqueles pescadores?
Eles deixaram tudo, inclusive seu pai, e seguiram Jesus.
Mas, meditemos um pouco no que eles ganhariam ficando com seu pai.
Com certeza ganhariam a vida, conseguindo suprir suas necessidades e provendo conforto para sua família.
Talvez em pouco tempo eles conseguissem expandir o negócio e comprar mais alguns barcos e, assim, dariam empregos a mais algumas pessoas, abençoando também a família deles tanto quanto as suas estavam sendo abençoadas.
Tudo isso é bom? Claro que é! Entretanto, todo esse esforço ficará apenas no âmbito terreno, fazendo com que depois de suas mortes ninguém mais recordasse deles.
Diante de todas essas benesses devemos perguntar porque eles deixaram tudo para seguir Jesus.
Eles viram que seguir o Mestre era um projeto muito superior do que aquele que estavam empenhados então. Viram que seguir Jesus não empregaria apenas coisas físicas, mas, sobretudo, coisas espirituais.
Assim, uma vez aceito o convite de Jesus eles passaram a viver em outra esfera, na esfera espiritual. Eles viram, ouviram e fizeram coisas que de outro modo nunca experimentariam.
Todavia, se tivessem rejeitado o convite de Jesus, quem saberia hoje quem foram Pedro e André? Seriam apenas pescadores que viveram há dois mil anos. Não se saberia quem foram.
Hoje o Senhor Jesus está fazendo o mesmo convite. Este convite não é para servir a uma religião ou mesmo uma denominação ou pensamento filosófico. Seu convite é para que sejamos seus discípulos e para vivermos na esfera espiritual, vendo, ouvindo e fazendo coisas que de outro modo nunca experimentaríamos. E, por fim, receberemos a recompensa eterna a altura de nossa decisão.
Qual vai ser sua resposta ao convite do Mestre?



Pr. Ricardo Castro
Igreja Bíblica Vida Eterna (IBVE)

Comentários

  1. A nossa resposta natural, por causa da carne, ao convite da obediência a palavra é não, porém, é impossível permanecer negando ao Senhor quando somos eleitos, pois, existe uma inquietação na alma que nos faz negar a carne e dizer sim para Deus.

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